O mercado de seguros é inclusivo por princípios

O mercado de seguros é inclusivo por princípios

É de conhecimento geral que os seguros são baseados no princípio do mutualismo.

Temos algumas boas definições para o termo, como “sistema que se baseia na entidade mútua, na contribuição de todos para benefício individual de cada um dos contribuintes.” Ou, “representa a contribuição de várias pessoas, expostas aos mesmos tipos de risco (massa de segurados), para a formação de um fundo comum, composto pela soma dos prêmios pagos à seguradora.”.  

Não importa com qual definição nos identifiquemos mais, qualquer uma que escolhermos terá como mote a associação para o bem comum.

No nosso ramo, nos perguntarmos se um mútuo, ou melhor, um produto de seguros será formado somente por homens, ou apenasmulheres, ou apenas por negros, ou somente por heterossexuais é um completo disparate. O que buscamos são contribuintes dispostos a pagar prêmios para sustentar a carteira, ou seja, segurados.

O mercado busca por clientes que compartilhem dos mesmos riscos, e não do mesmo gênero.  

Nos cálculos dos eminentes atuários o fator considerado são os eventos de sinistralidade, não se foram causados por um afrodescendente ou um nipo-brasileiro.  

Esses são parcos eventos que cotidianamente presenciamos em nossas atividades profissionais.

E sempre foi assim. O mercado segurador conglomera a todos sem discriminar ninguém, primando sempre pelo aprimoramento dos riscos através do aprendizado que cada sinistro revela. É um mercado que não tem medo do diferente, do que pode ser considerado erro, falha, catástrofe, mas justo o contrário, a entrega de seu produto se dá nestas situações.   

Vejamos como exemplo o ramo aeronáutico. Para que uma companhia aérea consiga contratar os seguros de sua operação e aeronaves, ao longo do tempo as seguradoras lastreadas nos históricos de sinistralidade passaram a exigir correções operacionais e técnicas para emitir suas apólices, o que catalisou o mercado para que tivéssemos uma aviação comercial mais segura para todos.

Somos toda essa diversidade em forma de um mercado pujante e integrado mundialmente, então por que algumas, ou muitas vezes, não praticamos nossos preceitos básicos em nossas instituições ou no nosso dia a dia? Não seria como se descendêssemos de um rei mas negássemos nossa origem não usufruindo das riquezas que nos cercam?  

Pois bem, se uma das maneiras de evoluir é aprender com os acertos e aprimorá-los, nada mais bem sucedido que nos inspirarmos em nosso próprio mercado. Afinal, nossa história já nos provou que a união em prol dobem comum é viável e lucrativa.  


Luciana Scaramuzza

Luciana Scaramuzza

Luciana Scaramuzza é formada em Comércio Exterior, pós graduada em Seguros e Logística e possui extensão na Harvard Law School além de ser certificada pela Alarys International. Reguladora de sinistros para grandes risco por longos anos hoje atua como consultora para redução do prêmio de seguros pagos através de prevenção de sinistralidade e sustentabilidade das operações.


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