Empoderamento Feminino e a Evolução do Mercado Segurador: Um Olhar sobre Gerações e Diversidade

Historicamente, a trajetória das mulheres é marcada por desafios e conquistas. Na antiguidade, elas desempenhavam papéis secundários, com direitos legais e políticos limitados. Na Grécia e Roma, as mulheres tinham uma participação restrita na vida pública e, durante a Idade Média, os papéis femininos predominavam no âmbito familiar e social. No Renascimento, houve pequeno avanço na participação feminina, mas oportunidades educacionais e profissionais continuaram restritas.

Nos séculos XIX e XX, o movimento feminista ganhou força, focando inicialmente no sufrágio e nos direitos trabalhistas. A primeira onda, no final do século XIX e início do XX, buscou direitos legais básicos. Já a segunda, nas décadas de 1960 e 1970, ampliou as demandas para incluir igualdade no trabalho, direitos reprodutivos e liberdade sexual.  

A partir dos anos 2000, apesar de desafios como desigualdade salarial e sub-representação em cargos de liderança, avanços importantes foram feitos na promoção da equidade de gênero. O papel das mulheres na sociedade evoluiu significativamente, mas a busca por igualdade de direitos e oportunidades ainda é um tema relevante nos debates contemporâneos.  

A equidade de gênero no mercado segurador  

No mercado de seguros, majoritariamente composto por homens, a presença feminina cresceu substancialmente. Para se ter uma ideia, segundo o 4º Estudo "Mulheres no Mercado de Seguros no Brasil", realizado pela Escola de Negócios e Seguros (ENS) com apoio da Federação Nacional dos Corretores de Seguros Privados e de Resseguros, de Capitalização, de Previdência Privada, das Empresas Corretoras de Seguros e de Resseguros (Fenacor) e da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), as mulheres representam 54,4% do total de colaboradores nas seguradoras. Contudo, ainda é possível observar que existem desafios em termos de remuneração e ascensão a cargos de liderança.

Embora a presença feminina em cargos executivos tenha dobrado na última década, a igualdade de gênero não foi plenamente alcançada – pelo menos por enquanto. As mulheres recebem, em média, 70% do salário dos homens, e sua participação em posições de decisão ainda é limitada. Além disso, a jornada dupla, que combina o trabalho profissional e doméstico, também contribui para este cenário.  

Por outro lado, o mercado de seguros vem evoluindo na frente de equidade de gênero, com as seguradoras tratando o tema como um pilar estratégico da Cultura de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI). Alguns exemplos são as comunidades que estão sendo criadas para engajamento e participação de colaboradores, trabalhos com ações preventivas – como o incentivo à sororidade, por exemplo –, mentorias profissionais para mulheres com apoio ao desenvolvimento de suas carreiras, acompanhamento psicológico, contratações de mulheres trans e criação do direito à parentalidade.  

Temos também diversas entidades do setor apoiando a causa, como a própria ENS, o Instituto pela Diversidade e Inclusão do Mercado de Seguros (IDIS), além, é claro, da Sou Segura. Todas essas instituições oferecem ao mercado capacitações técnicas e comportamentais para todas as mulheres interessadas. Além disso, as grandes seguradoras estão envolvidas em iniciativas para promover equidade de gênero, juntamente com as corretoras e prestadoras de serviços do setor.

As empresas do setor de seguros estão numa jornada de, cada vez mais, reconhecer a importância da participação feminina para potencializar as vendas e a rentabilidade, ao mesmo tempo em que as mulheres seguem ganhando espaço, superando estereótipos de gênero e demonstrando capacidade técnica e resiliência para enfrentar os desafios – tudo isso com cada vez mais protagonismo.   

DEI no Grupo HDI  

No Grupo HDI, a gente se importa pessoalmente, ou seja, nosso cuidado é feito por pessoas e para pessoas. A frente de DEI é extremamente importante para toda a companhia, fazendo parte, inclusive, de um dos nossos pilares estratégicos da nova Cultura.

As comunidades formadas pelos colaboradores têm como objetivo fortalecer e alavancar as iniciativas e oportunidades, oferecendo letramento e criando multiplicadores da cultura, além de apoio a ações voltadas à sociedade. Quando criamos oportunidades para ouvir “aqueles que têm o seu lugar de fala”, ampliamos nossa visão e chegamos mais próximos de entender a importância de falar sobre o tema.

Uma das nossas comunidades foca justamente na equidade de gênero. Contamos com o apoio da alta liderança como sponsors, para nos tornar um grupo segurador cada vez mais comprometido com a diversidade, a equidade e a inclusão. Atualmente, temos 39% de mulheres em cargos de liderança no Grupo HDI e oferecemos diversas iniciativas para apoiar a todas, como a licença maternidade estendida de 6 meses, a possibilidade de trabalho 100% remoto no último mês de gravidez e nos primeiros 2 meses após retorno e a sala de lactação como forma de incentivar o processo de amamentação. São movimentos simbólicos e genuínos da nossa cultura que geram espaço para as mulheres, apoiando nas suas escolhas e, ao mesmo tempo, incentivando a construção da carreira profissional.  

A jornada da equidade de gênero tem se fortalecido a cada ano; mas ainda é necessário muitas iniciativas e ações de melhoria sobre o tema. No Grupo HDI, nos dedicamos a contribuir cada vez mais para esse cenário inclusivo e equitativo, buscando inspirar outras instituições do mercado. Acreditamos que as mulheres estão se tornando exemplos a serem seguidos e, assim, têm capacidade cada vez maior de incentivar outras na busca de seus objetivos – sejam eles no mercado segurador ou em qualquer outra área.